quinta-feira, fevereiro 07, 2008

Cataventos

"O catavento mais comum é, sem dúvida, o galo. O seu simbolismo do galo atravessa as várias épocas históricas e as religiões mais representativas, com algumas formas diferenciadas mas mantendo sempre ligações profundas ao culto solar. No livro de Job, na Bíblia; aparece como símbolo da inteligência directamente emanada de Deus, com poderes de previsão do nascimento do dia e Maomé proíbe a maldição do galo por este, ao anunciar o dia, convidar à oração. O aparecimento do galo sobre os pináculos das catedrais parece remontar a finais do primeiro milénio, quando uma bula papal determinou a sua utilização. Desde cedo que foi adoptado pelo cristianismo emergente como símbolo de vigilância, chamando os fiéis à oração, para que dessem graças a Deus pelo novo dia. Desde o início do cristianismo que esta ave serve de símbolo: aparece representada nas campas das catacumbas, é mencionada em algumas práticas litúrgicas, nomeadamente orações do início do dia, onde os primeiros versículos fazem a sua invocação. Na primeira divisão legal do dia, a hora inicial era a do canto do galo, por isso chamada de gallicinium. Melhor não havia para, do ponto mais alto da urbe, afirmar o poder da igreja."

"Um caso interessante de cataventos, no Alentejo, aparece em muitas das escolas primárias que
foram construídas na primeira metade do século XX e cujo projecto foi da autoria do arquitecto Raul Lino. Nos anos 30 desse século, o Ministério das Obras Públicas encomendou a Raul Lino (e também a Rogério de Azevedo) a elaboração de "projectos-tipo regionalizados" das escolas primárias. É assim que, no Baixo Alentejo, o catavento representava um pastor e um sobreiro e,
nas escolas do Alto Alentejo, o pastor permanecia, mas agora acompanhado por uma cabra postada sobre a penedia. " ( http://www.aldraba.org.pt/PDF/Cataventos.pdf )







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